Justificativas para desabar – Um passo de cada vez
Tudo na vida tem um motivo para acontecer. Algo oculto que um dia você vai entender o significado, ou talvez não, e isso não quer dizer que não exista uma razão.
Qual o motivo de caímos ao dar os primeiros passos quando ainda somos crianças?
Aprender a andar e não depender de um adulto para ir onde quer ir, quebrar o que quiser, espalhar todos os brinquedos pela casa e se pendurar onde é muito perigoso, pois não medimos as consequências. O medo de cair não nos atrapalha conforme crescemos. Prova disso são tantas crianças que não têm costume de andar e sim correr para chegar a lugar nenhum, apenas pela adrenalina de correr.
Qual o motivo de termos medo de cair quando adultos?
Não sei.
Quando somos crianças não temos a necessidade de pensar se estamos fazendo algo certo ou errado, porque temos os adultos por perto para dar essa informação, e de qualquer modo, não precisamos resolver nada. Nosso papel é brincar, bagunçar o que pudermos e tirar nossa soneca.
Quando somos adolescentes já podemos avaliar o certo e o errado.
Que fique claro, o certo para os adolescentes não quer dizer certo para os adultos, do mesmo modo que o certo para uma criança não é o certo para um adulto. Não cobre aos adolescentes uma atitude de adulto. Eles também fazem tudo pela adrenalina.
Os adultos já entendem o jogo do certo e o errado, logo podemos ser cobrados por nossas atitudes e lidar com as consequências.
Sendo adultos, e lidando com nossas consequências, tendemos a nos cobrar mais por nossas atitudes, descobrimos o medo que as crianças nunca têm e a coragem que os adolescentes respiram todos os dias.
Isso me fez pensar que ser adulta é tão chato e desestimulante.
Os adultos têm “bicho-papão” de vários nomes, o mais comum só morre quando mostramos dinheiro para eles. Esses boletos, opa! Digo “bicho-papão”, deixam os adultos acordados a noite, faz pegar empréstimos e os fazem se sentir incapaz. Esse bicho-papão realmente mora embaixo da cama dos adultos.
Atualmente sou adulta, mas já fui uma criança quieta e observadora, e também uma adolescente barulhenta e escandalosa. Esses ciclos foram encerrados, porém, a baby e a adolescente Rayane criaram uma personalidade única para mim, assim também acontece com você.
Somos feitos de ciclos de aprendizado e oportunidades para melhorar nossa versão.
Não tenha medo de cair, tenha receio de não levantar. Use sua criança interior para, depois de uma queda, poder se levantar e correr como se não fosse nada. Use seu adolescente interior e ouse, isso mesmo, seja ousado. Ouse viver sua vida de modo leve sabendo que uma queda dói, mas não é eterno. Dói, mas vai passar.
Entre em acordo com seus aprendizados e permita-se ser criança, ser adolescente. Ser a adulta que consegue escolher, e escolha ser feliz. Não seja um adulto chato e desestimulante.
Siga, e não importa o que aconteça, seja você.
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Rayane Francisco Nunes é a escritora da própria história e tem como missão contribuir conhecimento por meio de suas ideias, sempre com intenção de participar do desenvolvimento das pessoas.